"Não nos enganemos: grandes intelectos são céticos. Zaratustra é um cético. A força e a liberdade que
surgem do vigor e da plenitude intelectual se manifestam através do ceticismo. Homens de convicção
eståtica não são levados em consideração quando se pretende determinar o que é fundamental em matéria
de valor e desvalor. Homens de convicção sĂŁo prisioneiros. NĂŁo vĂȘem longe o bastante, nĂŁo vĂȘem abaixo
de si: para um homem poder falar de valor e desvalor é necessårio que veja quinhentas convicçÔes abaixo
de si â atrĂĄs de si"... (Nietzsche, O Anticristo, item 54).