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Boa noite meus caros, excelente semana a todos. Resolvi, como de costume, tecer algumas reflexões acerca do tema abordado em nosso último vídeo. O tema foi: O diabo no pensamento filosófico do ocultista, mago e escritor francês Éliphas Lévi.
● 1. O QUE É UMA CADEIA MÁGICA?
Lévi trabalha o conceito de "cadeia mágica", que significa um conjunto de correntes magnéticas que atuam a favor ou em oposição ao mago. Estas correntes são geradas a partir da união de vontades ou de meios diversos.
Como ele diz, "O homem excêntrico em gênio é aquele que procura formar para si um círculo, lutando contra a força de atração central das cadeias e correntes estabelecidas. O seu destino é de ser despedaçado ou ter sucesso".
Segundo Lévi a magia prática é desenvolvida quando ocorre a união de vontades em um círculo de manifestações por atos. Fazer isto, a priori, não é algo fácil, visto que exige certo isolamento inicial para que a "identidade" do mago seja criada.
● 2. COMO CRIAR UMA CADEIA MÁGICA?
Existem 3 maneiras: Pelo Sinal, pela Palavra ou pelo Contato.
SINAL: Criando e fortificando um símbolo que irá representar uma força e isso movimente as massas. Estes símbolos funcionam por que a imaginação criadora não reside apenas dentro do homem, mas também fora dele, e a partir de projeções fluídicas, ao vislumbrarmos um sinal e atribuirmos significância a este, também estamos produzindo sincronismo, pois é uma maneira de movimentar a luz astral.
Exemplos: Cruz cristã, amuletos apotropaicos, medalhas etc.
PALAVRA: Criando eloquência linguística. Sempre temos um professor favorito na universidade ou escola, pois parecem que eles tem o dom da fala. A palavra é uma maneira de criar cadeias e influências. A palavra move as massas.
CONTATO: Aqui entram os processos gestuais, assim como selos gestuais (ex. aperto de mão, sorriso, confirmação com a cabeça, o toque, imitações, contato com os instrumentos mágicos - baquetas, metais, espada, incenso etc). Como afirma o antropólogo André Leroi Gourhan, “o peso do corpo é sentido pelos músculos, combinando-se com o equilíbrio espacial para manter o homem preso ao seu universo concreto e constituir, por antítese, um universo imaginário em que o peso e o equilíbrio são abolidos”. É preciso determinar a vontade por palavras e realizar as palavras por atos. Os atos e gestos tornam-se, portanto, sinais enviados ao diáfano.
● 3. OS NOMES.
No vídeo falamos de que os nomes são ferramentas de ensino e separação da substância (frase dita por Sócrates no diálogo Crátilo). Dissemos também que "Tudo que tem nome existe", mas também é evidente de que as coisas que não tem nome igualmente existem, porém elas só não estão classificadas no sentido dialético. Um exemplo disto é que, caso alguém encontre um animal diferente, jamais visto por ninguém, mesmo que este não tenha um nome ou classificação, ele possui existência.
Alguns filósofos defendem a tese de que há um nome regencial oculto para todas as coisas, apenas não nos demos o trabalho de procurá-lo. Eu particularmente me posiciono no centro deste discurso entre convencionalismo x naturalismo. O próprio Sócrates afirma (em Teeteto) de que: “As percepções que possuem nomes são muito numerosas, enquanto as que não os possuem são inumeráveis”.
O problema da linguagem em Platão ganha uma perspectiva pessimista, pois seria muito difícil para nós tentarmos investigar os primeiros nomes, já que o mundo globaliza e translitera a linguagem, jamais iríamos encontrar as palavras originárias, pois estas já estão perdidas.
Segundo a Cabalá, as palavras são como "pedras da criação", geradas por Adonai para criar o mundo. As coisas que vemos na nossa realidade são forças massivas criadas a partir de átomos que se originam da substância visível ou invisível. As palavras, em um sentido estrutural, geram a linguagem, que por sua vez, vive em conjuntos de letras e nomes. Ao pronunciarmos certos nomes, estamos também vibrando forças e, portanto, criando cadeias.
Quando Lévi trabalha essa ideia de que "tudo que tem nome existe", ele se refere a uma existência dialogal, e isso no platonismo é bastante relevante, pois cada um de nós se desenvolve nos graus de conhecimento que consiste no processo dialético de quatro partes: Crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual. Os dois primeiros representam a aparência das coisas, os outros dois representam a verdade a ser contemplada.
Platão, sendo um inatista, acreditava de que os conhecimentos já estavam instalados na alma encarnada na geração. Desse modo, os nomes são importantes para a alma em ascendência, que precisa capturar a essencialidade de algo a partir da análise de seu signo linguístico, aderindo a ótica dessecativa, rumo à anterioridade causal da coisa, isto é, sua regência, e desse modo encontrar a potência ideal por trás de seu corpo sensível temporal.
● 4. O DIABO EXISTE?
Existe enquanto figura semeada no caudal imaginário da vida humana. Ele é a "fealdade", as "trevas". Existe enquanto sombra alimentada pelas massas e como representação do mau. Existe como um sinal metafísico problemático.
Na linguagem dos lendários e dos profetas, o diabo é "um anjo caído do céu por ter querido usurpar a divindade".
Na linguagem dos filósofos, o diabo é "uma ideia humana da falsa divindade".
O diabo, portanto, é um colosso imaginário que representa a massa sombria da Terra. É um ser artificial. Sua pele vermelha foi criada a partir do medo emanado pelos povos. Vemos tal criatura mitológica, “diabo”, como um símbolo, isto é, uma figura que detém o seu próprio mistério cósmico. O diabo é a face do mal dos homens, a ignorância, aquele que "condensa o nosso pior lado". Quanto mais tememos o diabo, mais o alimentamos, e assim, alimentamos o medo, pois todo símbolo é também um veículo de forças emocionais, que compacta uma determinada quantidade de energia, logo, quando acionado pelas pessoas, o símbolo libera o poder de sua imagem.
Lévi nos diz que "Aquele que afirma o diabo, cria ou faz o diabo".
Criamos um monstro, mas não devemos temer o diabo, devemos compreende-lo como símbolo da humanidade. Universalmente, o diabo não está ligado a uma esfera hierárquica, ele não possui título algum, é apenas mais um monstro criado por nós, que consequentemente, deverá ser destruído a partir da compreensão. Quando este dia chegar, iremos entregar uma função ao diabo, e este se tornará um aliado evolutivo, ao invés de uma pedra terrível no meio do caminho. O diabo é um dos filhos da humanidade, um filho trancafiado, uma imagem, (eikon), porém este, deverá ser dissolvido nas águas do próprio mundo. Aquilo que hoje nos aprisiona, deverá se tornar a chave de nossa libertação.
Deixo aqui um espaço para sugestões, críticas e comentários. Abraço a todos.
portalespiritualidade.com/
269 - 25
SOBRE O ÚLTIMO VÍDEO POSTADO (Alquimia: Demônios Planetários, o Sangue, o Pó e a Obra do Homem): https://www.youtube.com/watch?v=VJEVS...
Desejo a todos um excelente final de semana. Houveram muitas informações em nosso último vídeo. Grande parte do material apresentado é oriundo da tradição alquímica, coletado por via de relatos dos antigos químicos em seus tratados e de filósofos interessados na arte. Fizemos também análises de emblemas e conceitos do esoterismo clássico. Seguem abaixo algumas breves anotações de pontos mais importantes do vídeo:
1. SOBRE A OBRA ALQUÍMICA NÃO SER NADA ALÉM DE VAPOR E ÁGUA.
A obra possui inicialmente uma natureza celestial, seguindo o princípio de criação divina a partir de Deus.
Tudo começa pelo emprego da palavra divina. A palavra gera a perfeita geometria sob a natureza. Essa geometria é o resultado daquilo que chamamos de "virtude do verbo" (Deus tira a natureza do nada pela virtude de seu verbo - O grande tratado de alquimia). Antes de falarmos sobre o aspecto celestial (fundamental na filosofia), é preciso investigar a questão da obra em si. O que é a obra alquímica?
Como dizia Basilio Valentine, a obra alquímica é como "extrair das entranhas da natureza o que Deus havia escondido em profundos recantos", essa é a maneira pelo qual o alquimista revela as "maravilhosas obras divinas".
P: Por que a obra não é nada além de vapor e água?
R: Por que a alquimia nos fala de que, no início, através do eterno verbo divino, nasceram vapores que se transformaram em águas cristalinas, mas o espírito foi inserido em cada coisa, mesmo nas mais pequenas e invisíveis, logo, o espírito (que vemos sob o nome de NITRO) aquece todas as coisas, progride a matéria e perturba as águas, gerando caos e revelações.
2. SOBRE OS "DEMÔNIOS PLANETÁRIOS":
Esta é uma expressão antiga. Segundo Basilio Valentine, "Nós, mortais, pela morte que adiamos por nossos pecados, somos colocados na Terra, até que apodreçamos pelo tempo e sejamos reduzidos a imundices (restos), e depois, pelo Fogo e Calor Celestiais elevados, clarificados e exaltados a uma Sublimação Celestial, onde todas as nossas fezes, todos os pecados, todas as impurezas, serão separadas na vida eterna"
O chamado "demônio planetário" é um aspecto inferior de uma divindade. Este é um pensamento arcaico. Já que as divindades estão ligadas à astros, que estão ligados aos metais terrestres, então os fluxos de seus aspectos são derramados nos homens.
Podemos ver nos mitos, por exemplo, coisas inferiores ou superiores que existem em nós.
Os demônios eram vistos na idade média como criadores de doenças, aportadores, geradores de guerras e destruições. Eles poderiam ser presos em certos símbolos por magos experientes.
Jâmblico dizia a Porfírio que quando se cometem erros nas preparações divinatórias, aparecem espíritos inferiores com a intenção de serem superiores. Modernamente vemos em podcasts muitas farsas nas ditas "incorporações mediúnicas". Pela tradição alquímica, o emprego do termo surge como algo mais introspectivo.
Os ditos "demônios planetários" são dificuldades humanas que recebem as projeções de seres de baixo nível ontológico.
Podemos, sob uma boa percepção, acompanhar todos os aspectos superiores e inferiores dos 7 astros clássicos projetados em nós. Não existe nada no mundo, nem no homem, que não seja uma representação/projeção dos 7 astros clássicos.
3. SOBRE AS ÁGUAS BESTIAIS OU "UMIDADE INFERIOR".
Na alquimia entende-se de que as coisas terrestres vivem no mundo sub-lunar (abaixo da lua). Uma coisa está sempre conectada a outras.
As águas inferiores capturam os espíritos fleumáticos, isto é, espíritos ligados as memórias da terra (na espagiria vegetal é o álcool cheio de flegma que não sobe ao céu). Estes espíritos vivem sob impressões terrenas, dramas da vida material, dificuldades do organismo e identificações com a massa. Neste caso, as impressões contidas nos corpos lunares destes espíritos são muito fortes. Por conta dessas dificuldades, estes espíritos ficam mais nas coisas do mundo material.
Como dizia Sócrates, no diálogo Fedro, sobre a alma:
“Quando é perfeita e alada, paira nos céus e governa o universo e, quando perde as asas, precipita-se no espaço, tombando em qualquer corpo sólido, onde se estabelece e se reveste com a forma de um corpo terrestre, o qual começa a mover-se, por causa da força que a alma que está nele lhe transmite”.
Blavatsky afirma em sua doutrina secreta, de que para o iniciado entrar na senda, precisa antes destruir o seu corpo lunar. O que isso quer dizer exatamente?
De acordo com a tradição da alquimia (tratados, livros, manuscritos operativos, emblemas e arte das pranchas..) o trabalho da alma é entrar no mundo e retornar ao céu. Essa circulação faria com que as coisas do céu conhecessem as coisas da terra. Desse modo, as coisas divinas do mundo iriam despertar seus poderes e conseguiriam se retirar de suas prisões. As coisas densas/fixas iriam se volatilizar/subir por meio do calor promovido pelo espírito (fogo frio). A umidade inferior são os influxos que aprisionam as almas, e não lhes permitem subir ao céu (fazer a "anabase").
Resumindo o processo: O espírito desce até o mundo denso, descobre seus poderes antigos, desperta a matéria adormecida, salva outros espíritos, depois retorna ao seu carro (estrela mãe).
4. SOBRE OS 3 PRINCÍPIOS.
A alquimia estuda o mundo invisível afim de revelar o que sustenta, substancialmente, todos os tipos de vida.
Um instrumento musical de corda, por exemplo, é feito a partir da madeira extraída das arvores, assim como os mastros de um navio os são igualmente. Um suco de cenoura fresco é feito através do próprio vegetal extraído da terra. Uma roupa comum, provavelmente pode ser feita de algodão, extraído dos arbustos de algodoeiros cultivados em algum terreno. A roupa vem do algodão, e este, considerado um fruto, nasce, abrindo-se após as fibras surgirem em volta da semente.
Um Luthier sabe que para se criar um instrumento, ele precisará tratar a madeira que será o corpo deste, pois, a qualidade em que o som se propaga irá variar, a depender da densidade ou leveza da madeira, e de como fora extraída. As madeiras vêm das árvores, e estas foram plantadas e sustentadas por suas sementes, assim como as cenouras e algodoeiros. Então, a entidade máxima, que guarda em si todos os segredos cósmicos, é a própria semente universal.
Ao destrinchar os componentes de algum elemento, tudo se precipita na semente das coisas criadas, ou seja, a parte oculta da coisa em si é a mesma parte que mantém a própria coisa viva.
Encontrar as propriedades inseridas em uma semente é o mesmo que revelar o universo, pois assim se encontra o substrato, a prima mater, a fonte de tudo e todas as formas de vida. Analisando este tema, vemos de que as sementes das plantas possuem funções importantes como garantir a proteção do embrião e a proliferação de novos seres.
A semente é dividida em três partes: A casca, que é a parte externa. A endosperma, que é o tecido nutritivo que guarda amido. E o embrião, a parte principal, que guarda em si o gérmen, que também seria a “possibilidade de vir a ser”, a futura árvore que já está lá, só ainda não aconteceu. Aqui vemos a semente trina, que contém em si o espírito, a alma e o corpo. Associando, neste exemplo básico, a casca como o corpo, o endosperma como a alma e o embrião como o espírito. Assim também é o homem, e todas as coisas...
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Texto: Cláudio Barros
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50 - 2
RESUMÃO DO ÚLTIMO VÍDEO! (https://www.youtube.com/watch?v=Scx4G...)
Nosso último vídeo foi a junção de alguns temas presentes no platonismo e no helenismo. Vamos lá!
1. MIASMA - Segundo a tradição helênica, o "miasma" é um estado de impureza. Essa condição não é agradável para a realização de rituais. Miasma é uma espécie de doença espiritual, formada por uma poluição sutil presente na aura. Representa os acúmulos que toda alma recebe ao ser semeada na geração (aquilo que obscurece o seu ovo aurico / corpo sideral / ochema-pneuma).
2. CATARSE - Katharsis é o contrário de miasma. Representa o movimento de purificação realizado anterior aos rituais maiores para os povos helênicos. Sim, esta palavra grega é raiz do sentido lexical de “catarse”, apanhada pela psicologia, para representar a “expulsão de tensões reprimidas”. Representa o estado de pureza ritual. Katharsis é o estado natural das coisas de acordo com a Lei Natural (Themis). O miasma é quando Themis é corrompida (quebra da ordem natural das coisas).
3. KHARIS - Segundo os gregos, o processo catártico é vital para se estabelecer kharis, isto é, graça, com os deuses. Jâmblico diz que a catarse servia como uma maneira de retirar “materiais estranhos da alma”, para ela se desafixar das coisas geracionais e obter libertação no cosmos, que aqui representa algo como um “reposicionamento cósmico”.
4 A ALMA IMORTAL - No diálogo Fédon, Sócrates identifica a alma como participante da vida, logo, cria uma oposição à morte. Este argumento está dentro da teoria dos contrários, que nos diz a partir de uma análise lógica, o que cada coisa é, de acordo com sua contrariedade.
5. SOTERIOLOGIA PLATÔNICA - Quando as almas encarnam, suas asas são cortadas e elas se esquecem de suas realidades divinas. Resumidamente falando, a missão do ser humano é a reconstrução destas asas. No diálogo Fedro entendemos melhor a posição das almas: “Quando é perfeita e alada, paira nos céus e governa o universo e, quando perde as asas, precipita-se no espaço, tombando em qualquer corpo sólido, onde se estabelece e se reveste com a forma de um corpo terrestre, o qual começa a mover-se, por causa da força que a alma que está nele lhe transmite”
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200 - 2
SOBRE O ÚLTIMO VÍDEO POSTADO (Os 3 mundos de Agrippa)
Ontem fizemos uma introdução ao pensamento de Agrippa! O "pobre e abandonado mago". Falamos sobre o mundo tríplice que reflete sua obra de importância cabal: 3 Livros de Filosofia Oculta: ► https://www.youtube.com/watch?v=i2SKN... ◄
Irei organizar abaixo, algumas ideias que mencionei no vídeo, assim como esclarecer outras questões:
● 1. No minuto 15:07 - Quando comentei sobre o papel dos símbolos, vocês vão notar que coloquei imagens ao lado da tela. Apenas uma destas se encontra no livro de Agrippa (pag. 244 livro 2). A outra é o selo de gêmeos gravado no metal ouro e prata vista no ''Archidoxis magicae Liber II'' (Paracelso) e a outra imagem é relacionada a obra Ars Notoria ("grimório" de magia da tradição salomônica sec. XIII).
● 2. No minuto 12:44 , falo sobre a subida que as almas fazem até o zênite (topo mais alto da abóboda celestial), e menciono o "banquete" que está acontecendo lá. Devo lembrar de que não estou me referindo ao livro "o banquete", mas sim ao banquete citado no próprio diálogo Fedro de Platão:
"[...]Muitas vezes, sempre que se dirigem para o banquete que aguarda os deuses, os carros sobem por um caminho escarpado que os conduz ao zénite da abóbada celeste. Como os cavalos que puxam os carros dos deuses são dóceis, a subida é fácil para estes, para os demais, é uma subida penosa, porque o corcel de má raça puxa e inclina o carro para a terra [...]" - Fedro de Platão, página 60 (Coleção Filosofia e Ensaios).
● 3. Em 19:30 , falei sobre o Daemon do ser. Devo lembrar que essa palavra, “daemon”, não é algo visto como negativo aqui. Daemon aparenta ser um oximoro, mas no sentido grego, representa o espírito benévolo divino. Sócrates afirmava, por exemplo, que tinha o acompanhamento desde sua infância, de seu próprio daimonion, que era uma espécie de guardião interior que lhe aconselhava.
Como vemos Timeu falar a Sócrates:
“um deus deu a cada um de nós um daimon, aquilo que dizemos habitar no alto do nosso corpo. – e dizemo-lo muito corretamente – e nos eleva desde a terra até àquilo que é nosso congénere no céu, porque somos uma planta celeste e não terrena.
É isso meus amigos...
Este vídeo, assim como outros, está sendo uma maneira de introduzir e "preparar o terreno" (pelo menos para algumas pessoas não familiarizadas no assunto) para futuras práticas mágicas que quero inserir aqui no canal.
Tenho planos futuros, coisas maiores do que pensei que seriam, logo, preciso me manter em constante estudo/reflexão, irei atualizando vocês.
Abraço a todos.
portalespiritualidade.com/
68 - 5
SOBRE O ÚLTIMO VÍDEO POSTADO (Luz Astral e Magia Antiga - Éliphas Lévi): https://www.youtube.com/watch?v=cy5Rp...
Boa tarde! Bom sábado! Gostaria de escrever um pouco sobre a luz astral e outros conceitos que irão complementar algumas das ideias que trabalhamos no último vídeo.
1. IMAGINAÇÃO:
A imaginação é o poder criativo do homem. Este deve ser o principal foco de nossa abordagem ao falar de magia. Éliphas Lévi nos diz de que a Luz Astral, sendo um mecanismo que funciona matematicamente, segue as imutável leis, logo, o manuseio da luz astral é um desdobramento da capacidade humana em conduzir sua vontade. Ele nos fala também de que existem três centros primários de contato com a luz astral: o cérebro, o coração (ou o epigastro) e os genitais.
- Por que estes órgãos são importantes? R: Porque através destes aparelhos, nos conectamos com a luz universal.
- Qual o poder destes órgãos? R: Eles repelem ou atraem a luz.
Entendemos a Luz Astral como um fluido terrestre manipulável por cada um de nós e consequentemente pelas massas, vemos de que não são todos que efetuam um correto treinamento mágico para movimentar esse fluido de uma maneira lúcida, o que ocasiona em criações inconscientes que se espalham e regem a humanidade.
De acordo com o DRAM (Dogma e Ritual da Alta Magia) "Quando o mago chegou à lucidez, quer por intermédio de uma pitonisa ou sonâmbula, quer por seus próprios esforços, comunica e dirige à vontade vibrações magnéticas em toda a massa da luz astral".
2. LUZ ASTRAL E LUZ HUMANA - DIFERENÇA:
A luz astral é o fluido terrestre, que pode se condensar ou se rarificar por meio da vontade, "O mundo está imantado da luz do sol, e estamos imantados da luz astral do mundo. O que se opera no corpo do planeta se repete em nós". Já a luz humana é a expressão individual da luz astral, presente em cada ser humano.
A relação entre essas duas luzes, a astral e a humana, é o que Leví chama de atmosfera pessoal.
O corpo absorve o que o rodeia e irradia sem cessar, projetando seus miasmas e suas moléculas invisíveis;
3. FORÇA DE VONTADE E CORRENTES DA LUZ ASTRAL:
O homem é um espelho da eternidade, logo, quando o mago manipula a luz astral por via do ritual, ele consegue canalizá-la através de sua própria luz interior. Este se torna um condutor consciente da luz astral, utilizando-a para realizar a vontade e compreender os mistérios do universo.
A vontade do mago pode, até certo ponto, mover a luz astral das massas, criando correntes dentro dela. O termo "correntes" é importante aqui, pois está ligado ao acúmulo de vibrações magnéticas da luz astral. É por meio destas correntes, que a luz pode ser movimentada. Quanto maior o número de vontades erguendo uma intenção específica, maior se torna a força da corrente.
Uma corrente pode ser danosa também, como vemos no DRAM: "As almas doentes têm mau hálito e viciam a sua atmosfera moral, isto é, misturam seus reflexos impuros com a luz astral que as penetra e nela estabelecem correntes deletérias".
Criar uma fonte egregórica é uma maneira eficiente de criar uma corrente para mover a luz astral, como vemos no DRAM: "A oração feita em comum e conforme a fé ardente do maior número, constitui verdadeiramente uma corrente magnética, sendo o que entendemos pelo magnetismo exercido em círculos". OBS: Esses "círculos" que ele diz aqui, está associado ao profundo simbolismo da unidade/eternidade.
Como vemos entre os hebreus, Aziluth, e entre os gnósticos, Pleroma. Logo, fazer um círculo, ou participar de uma roda de pessoas, evoca a imagem sagrada e condensa uma porção do macrocosmos para ser "operada" no micro, além de criar uma natural proteção ao mago cerimonialista.
4. O CORPO SIDERAL:
Esse conceito é mencionado no DRAM, mas foi mais aprofundado por Paracelso, que segundo Lévi, seria "o maior dos magos cristãos". (OBS: Pesquisem sobre o Arquiduques da Magia - grimório).
O corpo sideral é o intermediário entre a alma e o corpo material. Podemos resumir dizendo que as formas ocultas se mostram a partir deste corpo (e aqui entraria alguns fenômenos no plano astral ou de vidência em rituais). O corpo sideral nos mostra a Natureza interior das coisas, que podem ser percebidas pela visão interior.
Este corpo fica acordado muitas vezes, enquanto o outro dorme, e se transporta com o pensamento em todo o espaço que a imantação universal abre diante dele.
A forma do nosso corpo sideral é conforme o estado habitual dos nossos pensamentos, e modifica, com o tempo, as feições do corpo material. Paracelso dizia de que a Magia era a professora da medicina, pois não adianta um médico operar seu paciente sem as visões internas para verificar a fonte da doença, visto que, a doença é só uma casca resultante de algo oculto que lhe cristaliza. A luz astral esgotada, torna-se doença, diz Lévi, e também de que "A maioria das nossas doenças físicas vem das nossas doenças morais", isto por que o corpo é resultante da alma, primeiro curamos a alma e depois o seu reflexo (corpo) cristalizará a ordem (saúde).
288 - 16
TEURGIA (JAMBLIQUEANA) É DIFERENTE DE MAGIA
Boa tarde amigos, gostaria de trazer um tema que vejo ser pouco debatido no meio dos estudos mágicos. A diferença de Teurgia e Magia. Pegarei como base os escritos da Emma Clarke (Iamblichus' De Mysteriis: A Manifesto of the Miraculous).
O rito teúrgico era um tipo de força sobrenatural, um momento onde o divino demarca seus poderes de elevação para com a alma. Já a magia, utiliza-se de meios ocultos para movimentar as forças da natureza através de símbolos e ferramentas, podendo ser considerada aqui como uma espécie de “prática do metafísico” (ou "ensinando o metafísico" como diz Franz Bardon), engendrando a “movimentação de forças”.
O mago aprende a ler o mundo e interage com este cosmos ocultado, para direcionar sua intenção.
Já o teurgo cria a ambiência sagrada sobrenatural, seguindo as direções oraculares, promove sua anagogia, exercitando suas capacidades imaginativas através das luzes divinas (ellampsis), facilitando assim o trabalho de contato com o inteligível.
A magia nos traz a capacidade de mover as forças ocultas de modo prático, obtendo assim fenômenos através da produção de sincronismos.
A teurgia é uma religiosidade tardia, um presente dos deuses, não representa ideologias mânticas ou algum tipo de operação material (mesmo esta se utilizando de símbolos "tokens" que expõe o divino propagado no reino geracional).
Teurgia é um culto divino, isto é, se destaca das coisas sensíveis.
Por isso não devemos fazer sistematizações modernas da teurgia. A magia, por outro lado, está associada com os planos sutis da existência, mas também ao mundo sensível, podendo estimular o desenvolvimento espiritual.
Lembrando que não devemos fazer da magia "isto ou aquilo", como afirma E. Lévi, pois estamos falando aqui de uma herança humana/tecnologia universal (por isso existem diferentes práticas, tradições grimóricas etc).
A meta final dos ritos iniciáticos da Teurgia era transportar a alma ao seu destino noético no cosmos. Devemos ter em mente de que o teurgo cria a ambiência adequada, mas quem dirige os rituais são os deuses. Isso deve ser rigorosamente enfatizado, pois infelizmente o termo “teurgia” é utilizado levianamente como um processo aberto e sistemático, por vezes confundido com simpatia ou misturado modernamente a estudos angelológicos e práticas mágicas.
Este termo "teurgia", mesmo sendo antigo, foi divulgado por Jâmblico, ao meu ver, com mais propriedade. Recomendo estudarem os livros de Jâmblico. Depois ele foi linkado a práticas de "magia elevada" nos tempos renascentistas (como vemos em Agrippa por exemplo, a diferença de teurgia/goécia).
Ao meu ver, ninguém "faz teurgia" purista hoje, apenas pegamos elementos das práticas egípcias para "temperar" nossos rituais particulares.
Utilizamos do corpo teúrgico da filosofia jambliqueana para nos inspirarmos, pois temos aqui um platonismo em formato prático, o que é muito bom para nós.
Falo melhor sobre no vídeo de "Teurgia, Deuses e a Alma Transportada ao Mundo".
É isso amigos, valeu!
186 - 28
Pessoal, boa noite! Sobre o último vídeo, segue o link das obras do Jacob Boehme, pela Polar Editora:
www.polareditorial.com.br/produtos/caixa-tematica-…
57 - 4
Gostei do resultado do nosso último vídeo Ego e Arquétipo (Edward. F Edinger). Agradeço a todos os comentários! Sigamos com os estudos..
143 - 6