PokeVideoPlayer v23.9-app.js-020924_
0143ab93_videojs8_1563605_YT_2d24ba15 licensed under gpl3-or-later
Views : 38,234
Genre: People & Blogs
License: Standard YouTube License
Uploaded At May 17, 2024 ^^
warning: returnyoutubedislikes may not be accurate, this is just an estiment ehe :3
Rating : 4.987 (19/5,904 LTDR)
99.68% of the users lieked the video!!
0.32% of the users dislieked the video!!
User score: 99.52- Masterpiece Video
RYD date created : 2024-07-29T02:35:08.383375Z
See in json
@omnishomomendax
8 months ago
Em latim, Julia soa exatamente como Yulia, pois o J tem fonema /j/, agindo como consoante. No caso, o J entra nas palavras em que o I no latim clássico era uma semi-vogal. Na verdade, ocorreu algo parecido com o V. No alfabeto clássico o V fazia as vezes do U, e possuía função de vogal, como em IVLIA, ou de semi-vogal, como em VIRGO. A letra V sempre foi considerada equivalente à letra grega Υ; esta tinha fonema /y/ (igual o ü alemão), mas assumia o fonema /u/ quando precedida do Ο (ου, como em Ιησούς). Ao transliterar as palavras gregas, o Y sozinho era transliterado como Y mesmo, tendo fonema idêntico, enquanto que OY era transliterado como V; e ao transliterar do latim para o grego, o V assumia forma de OY também (Iulia passou para Ιούλια). No entanto, alguns também transliteravam o Y como V, e por isso certas palavras de origem grega têm múltiplas grafias; como μυρρα, que ordinariamente é transliterado como myrrha, mas S. Jerônimo transliterou como murra. Com o tempo começou-se a admitir as formas minúsculas, e V passou a ser escrito u, com influência do grego. Então IVLIA tornou-se Iulia, e VIRGO tornou-se uirgo. A isto seguiu a mudança da pronúncia, onde o V passou a ser pronunciado B quando era semi-vogal, de modo que uirgo pronunciava-se birgo; e por fim este V tornou-se aspirado, assumindo o fonema atual. Para sinalizar este fonema passou-se a usar o v no minúsculo, id est, uirgo passou a ser virgo; e Uu e Vv tornaram-se letras diversas.
No grego aconteceu a mesma coisa. A letra Ββ no grego antigo era pronunciada como o B latino, fonema /b/. No grego o beta tomou o fonema /β/, que é bilabial; e por fim, no grego bizantino, houve a retração do fonema, tornando-se /v/, que é labio-dental (exatamente como o v latino). É por isso que Barbara passou a ser pronunciado Varvara. Como os Satos Cirilo e Metódio falavam o grego bizantino, a letra cirílica equivalente ao beta grego tem também o fonema /v/.
Outra curiosidade. Como o latim e o grego, assim como o sânscrito, são idiomas irmãos, as declinações são praticamente iguais. No grego temos três declinações. Na primeira declinação os nomes femininos terminam com -α (e.g., Μαρία) ou -η (e.g., νυμφή), enquanto os masculinos terminam com -ης (e.g., προφέτης). Na segunda declinação os nomes masculinos terminam com -ος (e.g., Πετρός; há também certas palavras femininas com este sufixo, como Θεοτόκος); e os neutros terminam em -ον (e.g. σακχαρον).
No latim temos cinco declinações, mas falarei das duas primeiras também. Na primeira declinação há apenas palavras femininas, que terminam em -a (e.g., regina); na segunda declinação os nomes masculinos terminam em -us (e.g., dominus), e os neutros terminam em -um (e.g., cœlum).
Assim, ao transliterar as palavras gregas, o sufixo -η da primeira declinação pode ser mantido como -e ou convertido em -a (e.g., nymphe ou nympha); e o sufixo -ης pode-se manter como -es ou se converter também em -a (e.g. prophetes ou propheta). Da segunda declinação o sufixo -ος sempre se torna -us, e o ον sempre se torna -um (e.g., Petrus e saccharum, respectivamente).
Os ditongos αι e οι também são transliterados como æ e œ, então Ματθαιος ficou Matthæus.
36 |